Disfunção erétil
Saúde Íntima

Disfunção Erétil e Envelhecimento no Homem: Estão Sempre Associados?

A disfunção erétil ou impotência sexual, e a relação com o envelhecimento se torna mais prevalente com o passar dos anos. Mas, essa sentença é sempre verdadeira?

É importante entender que o envelhecimento em si não é a causa direta da impotência sexual masculina, mas sim, um fator de risco que torna mais provável o desenvolvimento desse problema, que estão associados a uma série de fatores físicos e psicológicos que se tornam mais prevalentes com o passar dos anos.

Aspectos Físicos

Entre algumas razões orgânicas conhecidas sobre a disfunção erétil temos:

Alterações Fisiológicas

Uma das mudanças no corpo mais relevante para a disfunção erétil é a diminuição natural da produção de testosterona, o hormônio sexual masculino. A testosterona desempenha um papel fundamental na função erétil, e seus níveis tendem a diminuir gradualmente com a idade.

Problemas de Circulação Sanguínea

À medida que os homens envelhecem, eles podem desenvolver problemas de circulação sanguínea, como aterosclerose (acúmulo de placas nas artérias). Isso pode afetar negativamente o fluxo sanguíneo para o pênis, dificultando a obtenção de uma ereção.

Doenças Crônicas

A probabilidade de desenvolver doenças crônicas, como diabetes, hipertensão arterial e doenças cardíacas, aumenta. Essas condições médicas estão relacionadas à disfunção erétil e podem ser mais comuns em pessoas mais velhas.

Com isso, é mais provável que estejam tomando medicamentos para tratar essas condições, e que, também, podem ter efeitos colaterais que afetam a função erétil, contribuindo para a impotência.

Vale ressaltar, que a falta de exercício, consumo excessivo de álcool e/ ou tabagismo, contribuem para um estilo de vida que propicia um maior risco à disfunção erétil, entre outras doenças.

Problemas na próstata também são possíveis causas para a disfunção sexual. O câncer de próstata e os tratamentos associados, como cirurgia, radioterapia ou terapia hormonal, podem danificar os nervos que controlam a ereção, levando à disfunção erétil.

A impotência sexual não é uma consequência inevitável do envelhecimento. Muitos homens mais velhos mantêm uma função erétil saudável e ativa. Além disso, os avanços na medicina e nas opções de tratamento significam que a disfunção erétil pode ser eficazmente gerenciada em homens de todas as idades.

Atualmente, entre outras possibilidades de tratamento clínico, muito se fala em reposição hormonal masculina como uma opção de tratamento, mas somente é possível quando a causa está relacionada à baixa testosterona. É importante entender que a reposição hormonal não é apropriada para todos os homens com disfunção erétil, e seu uso deve ser cuidadosamente avaliado por um médico.

Além da abordagem médica, temos a fisioterapia pélvica como um adjuvante no tratamento. Contribui para o fortalecimento da musculatura da região e, inclusive, melhoram o quadro de outras condições que podem se apresentar com a idade, como a incontinência urinária e fecal ou em pacientes que passaram pela cirurgia da próstata.

São indicados exercícios pélvicos e utilização de objetos, como um masturbador, para o estímulo e controle da ereção.

Aspectos Psicológicos

É da condição humana que os desafios e cobranças da vida cotidiana aumentem com o passar dos anos. Portanto, é possível que a saúde mental fique fragilizada ao envelhecer, se não houver uma boa base para se fortalecer emocionalmente diante dos enfrentamentos financeiros, familiares, pessoais, etc.

Estes aspectos psicológicos variam de pessoa para pessoa e, muitas vezes, ocorrem em conjunto com fatores físicos. Pode desencadear um ciclo de ansiedade, onde o medo de falhar novamente pode levar a mais episódios de disfunção erétil.

É preciso ter uma visão integrativa sobre a sexualidade do homem e incluir esta abordagem terapêutica. Um terapeuta especializado pode ajudar nas questões psicológicas relacionadas à disfunção erétil e sua persistência.

Alguns aspectos emocionais analisados são:

Depressão

Considerada uma das principais doenças do século XXI pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem como sintoma a falta de interesse e prazer na vida, entre eles, o interesse sexual.

Ansiedade

A ansiedade é uma das causas psicológicas mais comuns da disfunção erétil. Os homens podem se sentir pressionados para “performar” sexualmente e têm medo de não conseguir satisfazer a parceira(o). Essa preocupação excessiva pode interferir na capacidade de obter ou manter uma ereção.

Estresse

O estresse crônico, seja relacionado ao trabalho, finanças, relacionamentos ou outras fontes, pode desencadear ou exacerbar a disfunção erétil. O estresse libera hormônios como o cortisol, que podem afetar o sistema vascular e dificultar o fluxo sanguíneo necessário para uma ereção.

Autoestima

Uma autoestima baixa ou uma imagem corporal negativa podem influenciar a confiança de um homem na sua capacidade de desempenho sexual.

Trauma

Experiências passadas podem ter um impacto duradouro na saúde sexual de um homem. Isso pode resultar em aversão ao sexo, dificultando a obtenção de uma ereção.

Problemas de Relacionamento

Conflitos não resolvidos ou problemas de comunicação em um relacionamento íntimo podem causar estresse emocional e afetar negativamente a vida sexual. A falta de intimidade emocional pode levar à diminuição do desejo sexual.

Expectativas

Expectativas sobre o desempenho sexual, muitas vezes influenciadas pela pornografia ou pela mídia, podem criar pressão psicológica para atender a padrões irreais, levando à frustração e impotência.

Fatores Sociais e Culturais

Normas sociais, culturais e religiosas sobre sexualidade podem criar conflitos internos e contribuir para a disfunção erétil em alguns casos. Sentimentos de culpa ou vergonha em relação ao sexo podem ser prejudiciais.

Tratar a disfunção erétil envolve uma abordagem personalizada, que leva em consideração as causas específicas de cada paciente.

Portanto, embora haja uma associação entre a impotência e o envelhecimento, a disfunção erétil é tratável em homens de todas as idades, permitindo que eles mantenham uma vida sexual satisfatória e saudável.

A busca por orientação médica é fundamental para determinar a melhor abordagem de tratamento para cada indivíduo.

 

Posts relacionados