A radioterapia é um tratamento comum para diversos tipos de câncer, incluindo o câncer ginecológico, como o câncer de colo do útero. No entanto, é importante destacar que a radioterapia pode causar efeitos colaterais significativos, especialmente quando aplicada na região pélvica e vaginal.
Estreitamento Vaginal (Estenose): A radioterapia pode causar cicatrizes e rigidez na parede vaginal, resultando em estreitamento. Isso pode tornar as relações sexuais dolorosas.
Alterações na Elasticidade Vaginal: A elasticidade natural da vagina pode ser comprometida, o que pode afetar a função sexual.
Secura Vaginal: A radioterapia pode reduzir a produção de muco na vagina, levando à secura vaginal. Isso pode causar desconforto durante as relações sexuais e aumentar o risco de infecções.
Inflamação e Edema: A área irradiada pode ficar inflamada e edemaciada, o que pode aumentar a sensação de pressão e desconforto.
Disfunção Sexual: A combinação de todos esses fatores pode levar a uma disfunção sexual, incluindo diminuição do desejo, dificuldade de excitação e dor durante o ato sexual.
É crucial que as pacientes estejam bem-informadas sobre esses efeitos e recebam o suporte adequado durante o processo de tratamento uma vez que a Fisioterapia Pélvica têm sido bastante utilizada nesses casos reduzindo os efeitos da radioterapia e melhorando a qualidade da vida das pacientes.
Um recurso utilizado na Fisioterapia Pélvica são os dilatadores vaginais que desempenham um papel significativo no cuidado pós-tratamento para mulheres que enfrentaram o câncer ginecológico. Eles são recomendados como parte da terapia de manutenção para ajudar a prevenir e tratar essas complicações.
Ao iniciar o uso de dilatadores, as mulheres geralmente seguem um plano personalizado realizado sob orientação de profissionais devidamente habilitados para indicar e orientar sobre o uso correto dos dilatadores. O uso regular dos dilatadores ajuda a prevenir a formação de cicatrizes e aderências nos tecidos vaginais, promovendo a saúde vaginal a longo prazo.
Além disso, o uso dos dilatadores vaginais não se limita apenas à manutenção física. Eles desempenham um papel importante na recuperação psicológica, proporcionando às mulheres um senso de controle sobre seu próprio corpo e ajudando-as a superar qualquer ansiedade ou desconforto associado à intimidade após o tratamento do câncer.
É crucial que as mulheres discutam suas preocupações e necessidades com seus profissionais de saúde, pois cada caso é único. O acompanhamento adequado desempenha um papel importante na jornada de recuperação das mulheres após o tratamento do câncer, garantindo uma abordagem abrangente e personalizada.
