O assoalho pélvico é um grupo de músculos, ligamentos e tecidos que se estendem desde o cóccix até a parte posterior do osso púbico – uma espécie de rede que suporta a bexiga, o intestino e, no caso das mulheres, o útero. Eles são responsáveis por sustentar os órgãos e estruturas que ficam localizadas na região pélvica além de controlarem as funções urinárias, fecais e sexuais.
O enfraquecimento desta musculatura é uma consequência natural do envelhecimento e há situações que podem agravar a perda de tonicidade pélvica, como a gravidez, o parto, o excesso de peso, a obstipação intestinal, a tosse crônica e alguns procedimentos cirúrgicos.
Uma série de exercícios – conhecida como Exercícios de Kegel – foi desenvolvida em 1940 pelo ginecologista norte-americano Arnold Kegel para melhoria na qualidade de vida de suas pacientes e qualquer pessoa pode beneficiar-se deles com o objetivo de restaurar o tónus muscular e força da musculatura pélvica de modo a prevenir ou reduzir problemas além de aumentar o prazer sexual.
Os exercícios de Kegel são somente para mulheres?
Não. Eles podem ser praticados por homens também.
Nos homens, podem ter um papel fundamental após a remoção da próstata (prostatectomia) ou em episódios de perda de urina após idas ao banheiro quando há dificuldade em eliminar completamente a urina armazenada na bexiga.
Como são realizados os exercícios de Kegel?
Os exercícios de fortalecimento consistem na contração e relaxamento voluntário dos músculos do assoalho pélvico normalmente em ciclos variáveis de cinco a dez segundos podendo ser realizados:
- Sem movimentação, discretamente em qualquer local e não necessitam qualquer equipamento, embora em alguns casos sejam recomendados o uso dos cones vaginais, ben-wa ou colar tailandês. Além disso é possível serem feitos também com o uso da sonda Pelvift Trainer que é a sonda de biofeedback que dá uma resposta visual se a contração está sendo realizada corretamente ou não.
- Os exercícios podem ser realizados em conjunto com outras atividades como agachamento, levantamento de peso entre outras.
- Podem ser utilizados em conjunto com outros recursos da fisioterapia pélvica, como a eletroestimulação, utilizando por exemplo a sonda Pelvifit Trainer Plus.
Com que frequência devem ser realizados?
Devem ser realizados no mínimo 2 vezes na semana até que façam parte da rotina diária, com um mínimo de 30 repetições.
Quais os benefícios do fortalecimento do assoalho pélvico?
- Prevenção da incontinência urinária e fecal: se você deseja evitar a temida dependência de fraldas geriátricas, comece a treinar seu assoalho pélvico!
- Preparação para a gravidez, parto e pós-parto: O assoalho pélvico já precisa sustentar vários órgãos. Imagine, então, o que acontece quando a mulher fica grávida? Também não podemos esquecer do pós-parto. Os exercícios ajudam a recuperar a musculatura que se distendeu ou se enfraqueceu durante a gestação.
- Melhora da função sexual: Quando os músculos do assoalho pélvico estão bem tonificados, eles proporcionam um maior atrito entre o órgão feminino e o masculino durante a relação sexual, com isso aumenta o prazer sexual para ambos. Além disso, os exercícios aumentam o fluxo sanguíneo para a região pélvica, com a circulação sanguínea melhorada aumenta a excitação, melhorando a lubrificação e a capacidade de orgasmo.
- Prevenção de prolapso dos órgãos pélvicos: Problema muito frequente. Trata-se do deslocamento de órgãos desta região como a bexiga, o útero ou o reto. Um exemplo é a famosa “bexiga caída”.
- Estabilização do core: exercitar os músculos do assoalho pélvico contribui para uma postura melhor.
O fortalecimento do assoalho pélvico traz mais qualidade de vida para homens e mulheres. Consulte um fisioterapeuta pélvico e comece já a praticar!